O nome deve-se ao ginecologista alemão Ernst Gräfenberg e popularizou-se após a publicação de "The G Spot and Other Recent Discoveries About Human Sexuality", em 1982, por Alice Kahn Ladas, Beverly Whipple e John D. Perry. Em quase 30 anos, foram feitos muitos estudos, não havendo ainda consenso sobre a matéria. Do lado dos que defendem a existência do ponto G, já foram avançadas várias hipóteses para o que será essa zona erógena tão esquiva e difícil de definir. Uma das teorias mais repetidas mas, ainda assim, longe de gerar consenso é a de que o que existe naquela zona da parede vaginal que pode levar a excitação, orgasmo e até ejaculação é a Glândula de Skene. Também chamada de próstata feminina, trata-se de um conjunto de glândulas, localizadas no vestíbulo da vulva, sensivelmente na zona onde ficaria o famigerado ponto G.
Parte da dificuldade em comprovar a existência de algo que possa corresponder ao que a cultura popular chama ponto G deve-se ao facto de a maior parte do conhecimento sobre o assunto provir de relatos na primeira pessoa. Os estudos que defendem, definem e localizam o ponto G têm vindo a ser criticados por falta de rigor e por dependerem, como referi, dos relatos das mulheres estudadas. Alguns psicólogos dizem mesmo que a promoção do ponto G pode ter efeitos perversos, porque coloca uma enorme pressão sobre as mulheres que, não conseguindo os resultados espectaculares que o ponto G parece proporcionar, podem sentir que têm algum tipo de disfunção sexual.
Independentemente do que a ciência conseguiu apurar, a cultura popular abraçou e amplificou o imaginário que o ponto G transporta. Uma panóplia imensa de brinquedos sexuais destinados à estimulação do ponto G estão disponíveis, muitos livros se escreveram sobre o assunto, muito filmes foram feitos, cursos, manuais, todo o tipo de informação está disponível. É um paradoxo interessante, que talvez diga muito sobre a forma como nos relacionamos com o sexo. Existem milhares de fontes sobre como estimular uma zona do corpo que a ciência ainda não decidiu se existe ou não. Talvez seja produtivo vermos as coisas de outra forma. Os relatos na primeira pessoa e os manuais, os cursos, os livros, referem uma mesma zona do corpo feminino, localizada na parede anterior da vagina, uns centímetros acima da entrada da vagina. Segundo as indicações, curvando dois dedos para dentro e inserindo-os na vagina, tocando a parede frontal, facilmente se chega ao ponto G. Assim, o local existe e está perfeitamente ao alcance dos dedos. Talvez a atitude mais sensata seja experimentar. E ver o ponto G como um potencial ponto erógeno. Que, como qualquer ponto erógeno, existe, enquanto erógeno, para umas pessoas e para outras não. Veja-se o ponto G como o pescoço ou o fundo das costas. O pescoço ou o fundo das costas existem. Mas para umas pessoas são pontos muito sensíveis, que estimulados de forma adequada provocam excitação sexual. E para outras, não. Vejamos a coisa sem pressões, sem a nossa mania ocidental de ver problemas e traumas e disfuncionalidades em tudo.
Parte da dificuldade em comprovar a existência de algo que possa corresponder ao que a cultura popular chama ponto G deve-se ao facto de a maior parte do conhecimento sobre o assunto provir de relatos na primeira pessoa. Os estudos que defendem, definem e localizam o ponto G têm vindo a ser criticados por falta de rigor e por dependerem, como referi, dos relatos das mulheres estudadas. Alguns psicólogos dizem mesmo que a promoção do ponto G pode ter efeitos perversos, porque coloca uma enorme pressão sobre as mulheres que, não conseguindo os resultados espectaculares que o ponto G parece proporcionar, podem sentir que têm algum tipo de disfunção sexual.
Independentemente do que a ciência conseguiu apurar, a cultura popular abraçou e amplificou o imaginário que o ponto G transporta. Uma panóplia imensa de brinquedos sexuais destinados à estimulação do ponto G estão disponíveis, muitos livros se escreveram sobre o assunto, muito filmes foram feitos, cursos, manuais, todo o tipo de informação está disponível. É um paradoxo interessante, que talvez diga muito sobre a forma como nos relacionamos com o sexo. Existem milhares de fontes sobre como estimular uma zona do corpo que a ciência ainda não decidiu se existe ou não. Talvez seja produtivo vermos as coisas de outra forma. Os relatos na primeira pessoa e os manuais, os cursos, os livros, referem uma mesma zona do corpo feminino, localizada na parede anterior da vagina, uns centímetros acima da entrada da vagina. Segundo as indicações, curvando dois dedos para dentro e inserindo-os na vagina, tocando a parede frontal, facilmente se chega ao ponto G. Assim, o local existe e está perfeitamente ao alcance dos dedos. Talvez a atitude mais sensata seja experimentar. E ver o ponto G como um potencial ponto erógeno. Que, como qualquer ponto erógeno, existe, enquanto erógeno, para umas pessoas e para outras não. Veja-se o ponto G como o pescoço ou o fundo das costas. O pescoço ou o fundo das costas existem. Mas para umas pessoas são pontos muito sensíveis, que estimulados de forma adequada provocam excitação sexual. E para outras, não. Vejamos a coisa sem pressões, sem a nossa mania ocidental de ver problemas e traumas e disfuncionalidades em tudo.
0 comentários :: Ponto G - o ponto da discórdia
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