Protect every kiss!/ Protege todos os beijos!

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practice safe polyamor!/ Pratica um poliamor seguro!

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Dia Mundial do Orgasmo

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☼☼☼☼☼
sim, é hoje!
☮☮☮☮☮☮

Hábitos Sexuais dos Leitores do sexUtopia

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ATENÇÃO
Esta sondagem foi temporariamente suspensa. Uma pessoa amiga, ao responder ao inquérito, encontrou diversas incorrecções, quer na forma, quer na abordagem, além de que não era perguntado o sexo do inquirido, o que só por si empobrecia a qualidade dos resultados obtidos. Nos próximos dias, vou procurar, com ajuda de quem entende da área, corrigir o que tem de ser corrigido, mudar o que tem de ser mudado. Espero que em breve a sondagem regresse, revista e aumentada. Obrigado pela paciência.
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Pedimos a tua participação nesta sondagem. Embora se chame "Hábitos Sexuais dos Leitores do sexUtopia", é aberta a todos os maiores de 16 anos que queiram participar. Demora pouco mais de cinco minutos a completar. É completamente anónima. Podes participar através da caixa que vês aqui em baixo. Mas, se preferires, podes abrir outra janela do browser, para uma melhor visualização.




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Há várias formas de divulgar esta sondagem junto de quem conheces. Podes enviar o link deste post: http://sex-utopia.blogspot.com/2009/07/habitos-sexuais-dos-leitores-do.html Se quiseres podes partilhar o link directo para a sondagem: http://www.survs.com/survey?id=EM22Y62F&channel=QQ6A7KGYPO Podes usar o Twitter, o Facebook, o email ou qualquer outro meio para divulgar esta sondagem, é bem-vinda a tua ajuda para que o máximo de pessoas participem, por forma a ser representativa a amostra da população. A sondagem irá ficar aberta durante cerca de um mês, estando previsto o seu fim no fim do mês de Agosto. Os resultados serão publicados em meados de Agosto.

Pornografia na Ucrânia

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«Ukraine bans porn possession. At the beginning of July, owning porn became a criminal offense in the Ukraine. President Viktor Yushchenko agreed to sign the bill that would result in fines and three years in prison for offenders.

Only material kept “for medical purposes” is allowed. (Does that mean one can claim to have a cold that only Bel Ami can cure?)

Free-speech proponents and human-rights activists argued the bill was too broad; pornography was not even defined in the bill, leaving the law at the discretion of the police and judges.

Lawmaker Hennadiy Moskal said critics have nothing to fear, and the new law will not be abused. “I am sure that number of cases won’t increase,” he said.» [Via]

Se pode ter uso médico, será a Pornografia assim tão nefasta para a sociedade?

impulso

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quero, Quero, QUERO!!!

+ info

The Sun - "Romantic Death"

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<a href="http://www.joost.com/08201iz/t/The-Sun-Romantic-Death-Video">Romantic Death</a>

Vídeo da banda The Sun, usando imagens do site "Beautiful Agony"

Por mares nunca antes navegados,...

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Este site disponibiliza um muito divertido mapa sexual. Aqui podemos passear desde as zonas mais comuns até aos sítios que devem ficar por explorar. Tem uma função que permite colocar uns pins, com cores diferentes para indicar as zonas que se visitou e gostou, que não se gostou, que são destino a ir ou que ficarão sempre por visitar. Eu fiquei com um mapa com mais verdes que vermelhos, com uma parte azul pequena e uma imensa área negra. E o seu?



a «imergência» da pornografia

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A Walpaper.com convidou o artista Roobie Cooper a fazer um trabalho sobre pornografia e voyeurismo. O resultado foi este video, intitulado «Immersion», onde se podem ver os momentos de supremo êxtase de homens e mulheres amantes do género.



A «jouissance» masculina e feminina segundo Lacan

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«[...] in the 1970s, especially in Seminar XX (1972–1973), Lacan brings to the forefront his distinction between masculine and feminine jouissance. Although he had discussed jouissance in conjunction with femininity as early as 1958, it is only in Encore that Lacan first comes to speak of a qualitatively different type of feminine jouissance. He posits feminine jouissance against that of the phallic, termed the "jouissance of the Idiot" (1998, p, 81). In Encore, Lacan defines phallic jouissance (which he sometimes refers to as sexual jouissance) as that which "is marked and dominated by the impossibility of establishing as such … the One of the relation 'sexual relationship'" (1998, p. 6–7). Lacan's use of the term One refers to mathematical logic (Frege), to the Platonic myth of the lovers' unity in the Symposium, and to the (presumed) unity of the (male) subject in a philosophical sense. Phallic jouissance is thus seen as a barrier to these forms of unity. Or, to put it another way, "[P]hallic jouissance is the obstacle owing to which man does not come … to enjoy woman's body, precisely because what he enjoys is the jouissance of the organ.… Jouissance, qua sexual, is phallic—in other words, it is not related to the Other as such" (1998, pp. 7 and 9). The term Other here refers both to the linguistic Other and to the Other sex—woman. It is precisely man's experience of phallic or sexual jouissance that "covers or poses an obstacle to the supposed sexual relationship" (1998, p. 9).

Although women have, according to Lacan, access to a jouissance that is beyond the phallus, men, by virtue of the fact that it is "through the phallic function that man as whole acquires his inscription" (1998, p. 79), have to make do with inadequate phallic or sexual jouissance, one that causes him to be unable to "attain his sexual partner … except inasmuch as his partner is the cause of his desire" (1998, p. 80). A further cause of the inadequacy of phallic jouissance is its incompatibility with feminine jouissance, thus posing an obstacle to the sexual relationship.

Feminine jouissance differs from masculine or phallic jouissance through its relation to the Other, especially the Other sex, which for Lacan means woman. Although in his earlier work, Lacan attributed to women a jouissance associated with the phallic stage and the clitoris (1977, p. 282), his work of the 1970s moved away from that position. In particular, Lacan posits for women a specifically feminine jouissance that is "beyond the phallus" (1998, p. 74). Women have access both to phallic, or sexual, jouissance, and to a supplementary form of jouissance by virtue of being not wholly subsumed by the phallic function as men are: "being not-whole, she has a supplementary jouissance compared to what the phallic function designates by way of jouissance" (1998, p. 73). It is, however, impossible to know anything about this other jouissance other than that some women (and men) experience it. Lacan's paradigmatic example of feminine jouissance is that of mystics such as Hadewijch d'Anvers, Saint John of the Cross, and Saint Teresa, thus relating feminine jouissance to God. As he asks in relation to mysticism, "Doesn't this jouissance that one experiences and knows nothing about put us on the path of existence? And why not interpret one face of the Other, the God face, as based on feminine jouissance?" (1998, p. 77).

In his later uses of the term jouissance, one can see just where Lacan parts ways with Freud. First, in his claim that "there is no sexual relationship," Lacan asserts the inherent failure of genital sexuality, which Freud did not do. Finally, through his description of a specifically feminine jouissance, one that implies a different type of sexual satisfaction for women, Lacan's later work does away with Freud's notion of libido's being only masculine.»


Mais sobre o conceito Lacaneano de Jouissance aqui.

pornófilos do mundo, eis a cura!

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Pornography addiction treatment is available for those people who can’t stop looking at porn. Someone who has never had a porn addiction may think it’s rather funny but it’s not something to take lightly. It is a serious problem that deserves a real treatment at a treatment center for pornography.


Um site que promete a cura para o vício da pornografia.

Resultados da sondagem - Ser virgem é:

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ser puro
1 (11%)
ser inocente
0 (0%)
ser inexperiente
1 (11%)
ser casto
0 (0%)
ter o hímen intacto
2 (22%)
nunca ter feito sexo
1 (11%)
nunca ter sido penetrado
0 (0%)
nunca ter tido um orgasmo
0 (0%)
não ter experiências sexuais
0 (0%)
não pensar em sexo
0 (0%)
não se masturbar
0 (0%)
apenas um conceito
3 (33%)
uma construção
2 (22%)
um mito
2 (22%)

Votos apurados: 9
Sondagem fechada

Literatura e ilustração erótica

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Eis um muito interessante site que reúne informação vária sobre literatura e ilustração erótica dos séculos XIX e XX. Aqui é possível consultar uma vasta lista de autores, ilustradores, obras e editoras. É de especial interesse a breve resenha dedicada à história da censura da produção cultural tida por obscena, completada por uma práctica cronologia.

THE EROTICA BIBLIOPHILE

Martin van Maele, Gravura de ilustração da edição de 1926 de "L'Historie Comique de Francion" (1623) de Charles Sorel.

Distribuição gratuita de preservativos nas escolas secundárias

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No noticiário da noite emitido ontem pelo canal SIC (20/5/09) foi anunciado que o Parlamento está a discutir a distribuição de preservativos nas escolas portuguesas. Foi-nos indicado que tanto o PSD como o CDS se opõem à medida, pese embora por razões diferentes. Dos outros partidos não se falou.

É entrevistada uma senhora, que não é identificada, a que somos obrigados a presumir que é directora de uma escola. Mas uma vez que surge ao lado de um crucifixo, probido em escolas públicas, apenas podemos concluir que se trata de um colégio privado e de inspiração católica. É sua opinião que os preservativos não devem dados gratuitamente porque não somos um país rico e há uns certos estudos que dizem que a medida é contraproducente.

De seguida foram entrevistados alguns pais e jovens de forma a ter uma possível amostra das várias opiniões dos visados pela lei.

Por fim entrevistam os representantes das três religiões do livro (católica, judaica e mulçulmana) que, em uníssono, se opuseram à ideia.

E as minhas questões são:

1- Porque razão se entrevista uma directora de colégio católico e não de uma escola pública?
2-Porque razão não se explica na peça que, se quisermos ver a questão numa óptica estritamente economicista, fica mais caro ao Estado pagar os tratamentos das doenças associadas ao vírus do que distribuir preservativos?
3-Porque é que num país republicano e laico, se deu voz a representantes da Igreja num assunto que é de Estado e de Saúde Pública?
4 -Porque é que não foram entrevistados profissionais de saúde nem representantes das principias associações de combate à SIDA?


5 -
Todo este atentato terá sido por motivos ideológicos ou apenas mau jornalismo?

Veja-se a peça:


Os "Comics" e os Estudos do Género

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No nº 4 de Image and Narrative dedicado ao tema dos Estudos do Género, encontramos dois artigos que escolhem a banda desenhada como objecto de análise.

O primeiro foi escrito por Trinna Robbins, que toma como campo de estudo as representações de homens e mulheres na B.D. americana do século XX. A autora defende que houve uma paulatina mudança nessas representações ao longo dos anos. Dos funnies do início do século onde as mulheres eram apresentadas como lindas e perfeitas enquanto os homens eram desenhados com formas quase grotescas; passa-se, em meados do século, a representar tanto as mulheres como os homens de forma caricata ou como esterótipo numa pretensão de realismo. Numa época mais recente nos comics - a banda desenhada de super-heróis - surge uma hiper-sexualização dos géneros. As formas sexuais são evidenciadas: nas mulheres os peitos crescem e as cinturas tornam-se mais finas, as roupas tornam-se mais reveladoras e provocantes.

De certa forma, tal acabou por ser como que um retrocesso à imagética do início do século. A hiper-sexualização dos homens tornou-os quase grotescos: massas de músculos que se multiplicam até a deformidade, como o caso da figura de HULK. Já as mulheres continuam, estranhamente, belas. E digo estranhamente porque também elas têm as proporções alteradas, com pernas demasiado compridas e cinturas espartilhantes.


Fig.1

Porém há que ter em atenção que, destinados sobretudo a adolescentes, estes livrinhos têm uma função tintilante de erotismo velado e, por isso, autorizado. Esse erotismo velado é estudado, no segundo artigo, por Paul Bleton, que se interessa por decifrar quais os mecanismos dos mal-entendidos na B.D e de como estes se traduzem nas questões de género.

Para estes autores, o maior perigo destas BD é a contrução de padrões irrealistas do que são as características de género e de identificação sexual. A meu ver, tal não se sucede. Veja-se as imagens em baixo. A primeira mostra uma das representações canónicas da WONDER WOMAN (fig.1), a segunda algumas interpretações feitas for leitores e fans da heroína (fig.2). O dismorfismo sexual é claramente reduzido ou até mesmo extinto, não deixando de ser representações de mulheres sexualmente atraentes.

Fig.2 [via]

Talvez os autores esqueçam que a principal função da B.D. é a de nos fazer esquecer do mundo real e de nos transportar para um mundo de fantasia. Mundo esse que não é, necessariamente, aquele onde nos revemos. Os leitores sabem perfeitamente distanciar-se dessas representações hiper-sexualizadas. Se, de facto, existisse o perigo de uma colagem acrítica a essas figuras, teríamos adolescentes a tentarem ser mais rápidos que uma bala ou a saltar arranha-céus num só pulo...


Fontes:
«Gender Differences in Comics» by Trina ROBBINS, 2002 (in English)
«Bande dessinée: bien vu et malentendu» by Paul BLETON, 2002 (en Français)

Junta-te à tribo dos sexUtópicos

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O sexUtopia já tem uma twibo - um grupo do twitter, na página do twibes. Em http://www.twibes.com/group/sexUtopia, podes juntar-te a este grupo, para fazeres parte da discussão à volta da sexualidade, que aqui acontece. Se tens uma conta no Twitter e queres fazer parte desta twibe, basta ires à página da tribo. Clicando em join, passas a fazer parte deste grupo. Se preferires, podes publicar um tweet com http://twibes.com/sexUtopia e passas automaticamente a fazer parte. Depois, sempre que publicares um tweet com as palavras "sexutopia", "sexualidade" ou "sexo", ele aparece na página da Twibe. Podes também actualizar o Twitter directamente da página do Twibe, e nesse caso o tweet (mesmo sem nenhuma daquelas palavras), é publicado na página da http://twibes.com/sexUtopia. Explicar é mais complexo do que fazer (como noutras coisas). Por isso, visita a página desta tribo e decide se queres ser um sexUtópico. Contamos com a tua participação.

Sex Balls

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Uma curiosa adaptação das bolas de exercício.

Ponto G - nunca é demais

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Nunca é demais a informação sobre o Ponto G. Aqui fica um texto ilustrado, muito bom.

Resultados da sondagem - Com que idade perdeste a virgindade?

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Perdi a virgindade

Susannah Breslin - vaqueira invertida

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Entrou para a restrita lista de gurus do sexUtopia. Usa Twitter, Blogger e Tumblr. Deliciem-se.

o azul e o mentol

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És daltónico?
Tens a certeza que consegues distinguir bem os verdes dos azuis? A pergunta impõe-se porque decidi experimentar o lubrificante que me recomendaste. Primeiro fui a uma Área Saúde, não havia. Depois atravessei a cidade à hora de ponta (que não é muito grande, a cidade, mas a ponta é bastante comprida e demorada) e fui à farmácia. Pedi o lubrificante Play azul. Dirigi-me a casa para fazer uma surpresa ao meu amor que já estava à minha espera. A fila de trânsito interminável deu-me tempo para ler a literatura da embalagem. Não dizia que provocava efeito refrescante, era só "intensificador de prazer" ou qualquer coisa do género. Mais abaixo dizia então para experimentar também a versão calor e a versão refrescante. Ora bolas, trouxe o frasco errado! E foste TU que me induziste em erro. Depois lembrei-me do centro comercial a caminho de casa, pus-me a inventar caminhos estranhos para fugir ao trânsito e lá cheguei. Reparei que no supermercado o lubrificante era dois euros mais caro que na farmácia e decidi visitar farmácia do centro. Finalmente encontrei o que queria, o lubrificante refrescante e… VERDE! Quando muito, verde azulado, mas VERDE! Levei-o. Já eram horas de jantar quando cheguei a casa, mas depois de saciar a fome e tomar um banhinho, lá fomos fingir que víamos um filme, que não por acaso era bastante aceso (Lie with me, recomendado por uma amiga, mas não me perguntes se era bom porque não vi metade e achei-a fraquita). Pegámos no frasco VERDE e lá experimentámos um pouco ao de leve, no meu sexo. Assim que aquilo tocou na pele mais sensível, ardeu que se fartou. Qual fresco, qual carapuça, parecia piri-piri! (Não que eu já tenha experimentado piri-piri ali, mas se faz o efeito que faz na boca, imagina no sexo!) Comecei a abanar-me, a tentar fazer-lhe chegar ar fresco, mas não resultou. NÃO TE RIAS, NÃO TEM PIADA NENHUMA! Apeteceu-me gelo, mas como havia mais gente em casa, não queria explicar porque é que precisava de gelo em pleno inverno. Fui para a casa de banho passar o sexo por água fria e finalmente encontrei algum alívio. Sabes aquele efeito de chupar rebuçados de mentol e beber água a seguir? Imagina esse efeito nas partes íntimas. Deviam explicar que aquilo resulta muito melhor quando combinado com água fria. Após esta experiência, decidi moderar a quantidade e assim correu tudo lindamente. Às tantas já só cheirávamos a mentol, as mãos, as bocas, as mamas… Agora já sei, sempre que quiser dar uma queca com sabor a mentol… Ainda sinto o cheiro e o sabor na junção dos dedos…

Depois experimentei o azul. A textura é muito melhor, mais densa, tipo gel, assemelha-se bastante aos fluidos naturais. Não tem cheiro, é transparente, fresquinho, mas não refrescante, funde-se bem com a pele, é muito eficaz.
O mentol funciona lindamente no verão, combinado com um duche de água fria. Então se depois usares um óleo de massagem de cacau... estás a ver After Eight?

Tanto um como outro funcionam lindamente com preservativos porque são à base de água.
Andei a consultar os sites da Durex, e encontrei alguns links interessantes, se quiseres, dá uma olhada:

Have fun!
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h

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No son pocas las novelas que, al intentar internarse en la cartografía de la sexualidad masculina, empiezan, y con frecuencia terminan, con el desnudo femenino. Las formas y recovecos de cuerpo de la mujer, sus reacciones y características más nimias han formado parte del repertorio del casanova que, de tanto ver hacia fuera, y precisamente por hacerlo, invisibiliza su propio cuerpo. Muchas de las narraciones masculinas sobre la sexualidad masculina parten de ese básico supuesto (que en realidad es una treta): como el cuerpo masculino heterosexual es la regla básica, éste se disuelve en una transparencia omnipresente. Por eso es significativo que El Jardin Devastado de Jorge Volpi empiece bajo las sábanas, con un cuerpo enclenque que se repite: “Orino, luego existo”.

O Ecofeminismo em "Morbus Gravis", de Serpieri

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(...) As a metatheoretical perspective that provides a critique of many facets of Western culture, ecofeminism predicts global consequences of catastrophic proportion if current interrelated systems of oppression are permitted to continue to exist (see Bigwood, 1993; Caputi, 1993; Johnson, 1993; Plant, 1989; Plumwood, 1993; Vance, 1993). The exploration of ecofeminist themes within the context of a comic series that is rife with elements of horror and erotica is helpful in terms of gaining insight into how ecofeminism is represented to a demographic which would intuitively seem unreceptive to its overarching concern with systems of patriarchal oppression. McCloud (2000) observes that women and minorities have been vastly underrepresented in both comic art readership and production. Further, many comics (particularly erotic comics) present the reader with violent, degrading and frightening images of women (Horn, 1977; Laity, 2002). Thus, the question of how ecofeminist themes function within a comic text that is presumably read by white males who enjoy viewing sexually violent images of women becomes central to this project. (...)

uma perspectiva sobre o amor, a sexualidade e a individualidade

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Entrevista a Fávio Gikovate

Não precisa casar. Sozinho é melhor.


O psiquiatra decreta a morte do amor romântico e diz que a vida de solteiro é um caminho viável para a felicidade

'Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre o amor e a individualidade, opte pelo segundo.'

Com 41 anos de clínica, o médico psiquiatra Flávio Gikovate acompanhou os fatos mais marcantes que mudaram a sexualidade no Brasil e no mundo. Aos 65 anos, ele atendeu a reportagem de Veja em seu consultório no elegante bairro dos Jardins, em São Paulo.

- O senhor diria para a maioria das pessoas que o casamento pode não ser uma boa decisão na vida?
Gikovate - Sim. As pessoas que estão casadas e são felizes são uma minoria. Com base nos atendimentos que faço e nas pessoas que conheço, não passam de 5%. A imensa maioria é a dos mal casados. São indivíduos que se envolveram em uma trama nada evolutiva e pouco saudável. Vivem relacionamentos possessivos em que não há confiança recíproca nem sinceridade. Por algum tempo depois do casamento, consideram-se felizes e bem casados porque ganham filhos e se estabelecem profissionalmente. Porém, lá entre sete e dez anos de casamento, eles terão de se deparar com a realidade e tomar uma decisão drástica, que normalmente é a separação. - Ficar sozinho é melhor, então? Gikovate - Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele 'vazio no estômago' por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que 'é impossível ser feliz sozinho'. Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos. - Por que os casamentos acabam não dando certo? Gikovate - Quase todos os casamentos hoje são assim: um é mais extrovertido, estourado, de gênio forte. É vaidoso e precisa sempre de elogios. O outro é mais discreto, mais manso, mais tolerante. Faz tudo para agradar o primeiro. Todo mundo conhece pelo menos meia-dúzia de casais assim, entre um egoísta e um generoso. O primeiro reclama muito e, assim, recebe muito mais do que dá. O segundo tem baixa auto-estima e está sempre disposto a servir o outro. Muitos homens egoístas fazem questão que a mulher generosa esteja do lado dele enquanto ele assiste na televisão os seus programas preferidos. Mulheres egoístas não aceitam que seus esposos joguem futebol. Consideram isso uma traição. De um jeito ou de outro, o generoso sempre precisa fazer concessões para agradar o egoísta, ou não brigar com ele. Em nome do amor, deixam sua individualidade em segundo plano. E a felicidade vai junto. O casamento, então, começa a desmoronar. Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre amor e individualidade, opte pelo segundo.

- Viver sozinho não seria uma postura muito individualista?
Gikovate - Não há nada de errado em ser individualista. Muitos dos autores contemporâneos têm uma postura crítica em relação a isso. Confundem individualismo com egoísmo ou descaso pelos outros. São conceitos diferentes. Outros dizem que o individualismo é liberal e até mesmo de direita. Eu não penso assim. O individualismo corresponde a um crescimento emocional. Quando a pessoa se reconhece como uma unidade, e não como uma metade desamparada, consegue estabelecer relações afetivas de boa qualidade. Por tabela, também poderá construir uma sociedade mais justa. Conhecem melhor a si próprio e, por isso, sabem das necessidades e desejos dos outros. O individualismo acabará por gerar frutos muito interessantes e positivos no futuro. Criará condições para um avanço moral significativo.

- Por que os casamentos normalmente ocorrem entre egoístas e generosos?
Gikovate - A idéia geral na nossa sociedade é a de que os opostos se atraem. E isso acontece por vários motivos. Na juventude, não gostamos muito do nosso modo de ser e admiramos quem é diferente de nós. Assim, egoístas e generosos acabam se envolvendo. O egoísta, por ser exibicionista, também atrai o generoso, que vê no outro qualidades que ele não possui. Por fim, nossos pais e avós são geralmente uniões desse tipo, e nós acabamos repetindo o erro deles.

- Para quem tem filhos não é melhor estar em um casamento? E, para os filhos, não é melhor ter pais casados?
Gikovate - Para quem pretende construir projetos em comum – e ter filhos é o mais relevantes deles – o melhor é jogar em dupla. Crianças dão muito trabalho e preocupação. É muito mais fácil, então, quando essa tarefa é compartilhada. Do ponto de vista da criança, o mais provável é que elas se sintam mais amparadas quando crescem segundo os padrões culturais que dominam no seu meio-ambiente. Se elas são criadas pelo padrasto, vivem com os filhos de outros casamentos da mãe, mas estudam em uma escola de valores fortemente conservadores e religiosos, poderão sentir algum mal-estar. Do ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas.

- Que conselhos você daria para um jovem que acaba de começar na vida amorosa?
Gikovate - É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial, tem um caráter muito possessivo. Segundo esse ideal, duas pessoas que se amam devem estar juntas em todos os seus momentos livres, o que é uma afronta à individualidade. O mundo mudou muito desde então. É só olhar como vivem as viúvas. Estão todas felizes da vida. Contudo, como muitos jovens ainda sonham com esse amor romântico, casam-se, separam-se e casam-se de novo, várias vezes, até aprender essa lição. Se é que aprendem. Se um jovem já tem a noção de não precisa se casar par ser feliz, ele pulará todas essas etapas que provocam sofrimento.

- As mulheres são mais ansiosas em casar do que os homens? Por quê?
Gikovate - As mulheres têm obsessão por casamento. É uma visão totalmente antiquada, que os homens não possuem. Uma vez, quando eu ainda escrevia para a revista Cláudia, o pessoal da redação fez uma pesquisa sobre os desejos das pessoas. O maior sonho de 100% das moças de 18 a 20 anos de idade era se casar e ter filho. Entre os homens, quase nenhum respondeu isso. Queriam ser bons profissionais, fazer grandes viagens. Essa diferença abismal acontece por razões derivadas da tradição cultural. No passado, o casamento era do máximo interesse das mulheres porque só assim poderiam ter uma vida sexual socialmente aceitável. Poderiam ter filhos e um homem que as protegeria e pagaria as contas. Os homens, por sua vez, entendiam apenas que algum dia eles seriam obrigados a fazer isso. Nos dias que correm, as razões que levavam mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam. Nas universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas décadas, elas ganharão mais que eles. Resta acompanhar o que irá acontecer com as mulheres, agora livres sexualmente, nem sempre tão interessadas em ter filhos e independentes economicamente.

- Como será o amor do futuro?
Gikovate - Os relacionamentos que não respeitam a individualidade estão condenados a desaparecer. Isso de certa forma já ocorre naturalmente. No Brasil, o número de divórcios já é maior que o de casamentos no ano. Atualmente, muitos homens e mulheres já consideram que ficarão sozinhos para sempre ou já aceitam a idéia de aguardar até o momento em que encontrarão alguém parecido tanto no caráter quanto nos interesses pessoais. Se isso ocorrer, terão prazer em estar juntos em um número grande de situações. Nesse novo cenário, em que há afinidade e respeito pelas diferenças, a individualidade é preservada. Eu estou no meu segundo casamento. Minha mulher gosta de ópera. Quando ela quer ir, vai sozinha. E não há qualquer problema nisso.

- Quando duas pessoas decidem morar juntas, a individualidade não sofre um abalo?

Gikovate - Não necessariamente elas precisarão morar juntas. Em um dos meus programas de rádio, um casal me perguntou se estavam sendo ousados demais em se casar e continuarem morando separados. Isso está ficando cada dia mais comum. Há outros tantos casais que moram juntos, mas em quartos separados. Se o objetivo é preservar a individualidade, não há razão para vergonha. O interessante é a qualidade do vínculo que existirá entre duas pessoas. No primeiro mundo, esse comportamento já é normal. Muitos casais moram até em cidades diferentes.

- É possível ser fiel morando em casas ou cidades diferentes?
Gikovate - A fidelidade ocorre espontaneamente quando se estabelece um vínculo de qualidade. Em um clima assim, o elemento erótico perde um pouco seu impacto. Por incrível que pareça, essas relações são monogâmicas. É algo difícil de explicar, mas que acontece.

- Com o fim do amor romântico, como fica o sexo?
Gikovate - Um dos grandes problemas ligados à questão sentimental é justamente o de que o desejo sexual nem sempre acompanha a intimidade efetiva, aquela baseada em afinidade e companheirismo. É incrível como de vez em quando amor e sexo combinam, mas isso não ocorre com facilidade. Por outro lado, o sexo com um parceiro desconhecido, ou quase isso, é quase sempre muito pouco interessante. Quando acaba, as pessoas sentem um grande vazio. Não é algo que eu recomendaria. Hoje, as normas de comportamento são ditadas pela indústria pornográfica e se parece com um exercício físico. O sexo então tem mais compromisso com agressividade do que com amor e amizade. Jovens que têm amigos muito chegados e queridos dizem que transar com eles não tem nada a ver. Acham mais fácil transar com inimigos do que com o melhor amigo. Penso que, com o amadurecimento emocional, as pessoas tenderão a se abster desse tipo de prática.

- As desilusões com o primeiro casamento têm ajudado as pessoas a tomar as decisões corretas?
Gikovate - No início da epidemia de divórcios brasileira, na década de 70, as pessoas se separavam e atribuíam o desastre da união a problemas genéricos. Alguns diziam que o amor acabou. Outros, o parceiro era muito chato. Não se davam conta de que as questões eram mais complexas. Então, acabavam se unindo à outras pessoas muito parecidas com as que tinham acabado de descartar. Hoje, os indivíduos estão mais críticos. Aceitam ficar mais tempo sozinhos e fazem autocríticas mais consistentes. Por causa disso, conseguem evoluir emocionalmente e percebem que terão que mudar radicalmente os critérios de escolha do parceiro. Se antes queriam alguém diferente, hoje a tendência é buscarem uma pessoa com afinidades.


Duda Teixeira, Revista Veja

A eloquência do vernáculo

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Eu tinha 10, 11 anos quando finalmente percebi como se faziam os bebés. Foi numa aula de Ciências da Natureza, por volta de 1986, e lembro-me perfeitamente do professor. Tinha cerca de 40 anos, um metro e noventa e muitos, muito pouco cabelo, apenas uma amostra de cada lado da cabeça, acima das orelhas. Tinha um ar bondoso e ingénuo, acentuado pelo hábito de andar de costas curvadas - talvez para amenizar o efeito da sua altura. Era magro e tinha óculos graduados de armação grossa e escura. Lembro-me bem do professor, e sempre que penso nele, lembro-me também do cartaz com o desenho de um homem, com os órgãos internos em destaque e ao lado figura semelhante representando a anatomia de uma mulher. Havia ainda outro cartaz com a representação de uma nave espacial mais ou menos triangular com duas antenas (ou asas) de cada lado - depois o professor disse que a nave espacial afinal era o aparelho reprodutor feminino. E, neste caso sem hipótese de confusão, uma pilinha, mas em grande, e com canais e outras coisas visíveis numa transparência em camadas.

O professor deve ter perguntado se havia dúvidas, como era hábito depois de explicar algo numa aula. E eu não tinha. Tinha deixado de ter, e imagino que a boca e os olhos, muito abertos e atónitos, provavelmente denunciavam quão recente era a minha descoberta. Uma frase ecoava na minha cabeça, "afinal é mesmo assim". Não era, de forma alguma, a primeira vez que eu tinha ouvido falar de enfiar pilinhas em pipis, de introduzir pénis em vaginas ou, como era comum escutar no recreio, enterrar caralhos em conas. Muitas anedotas, "piropos", más-línguas se referiam a esta prática tão estranha. Mas eu pensava que dizer "se te apanho a jeito enterro-te o caralho nessa cona" era uma espécie de ameaça de um castigo, como quem dissesse, "se te apanho, bato na tua cabeça com um ferro". Na minha cabeça de miúdo que não dizia mas ouvia muitas asneiras, todo o vernáculo à volta dos genitais tinha ou uma função escatológica - dava jeito para enfatizar o discurso anedótico - ou era veículo para se manifestar agressividade ou uma forma de difamar determinada rapariga. Lembro-me perfeitamente de um colega, num dia de chuva, chegar à entrada do pavilhão onde ficava a sala da aula seguinte. Vinha a segurar um guarda-chuva e de braço dado à N., a minha paixão da altura. Ela deve-lhe ter contado que eu a tinha pedido em namoro e que ela recusou. Esse meu colega, com o seu habitual ar trocista e autoritário de miúdo mais velho dois anos, virou-se para mim, com a atitude de quem vai contar uma anedota em que o interlocutor é também o protagonista. "Sabes onde estive com a N.? Estive nas escadas do prédio. E sabes o que lhe estive a fazer? Estive a enterrar", e fez um gesto com o braço, de punho fechado, para a frente e para trás. "Sabes o que é enterrar?". Não é que eu fosse um perito, mas percebi que ele estava a falar de enfiar a pilinha dele no pipi dela, quer dizer, a enterrar o caralho na cona.

Depois da aula, voltei a pensar neste episódio. Voltei a pensar que não poderia competir com um rapaz mais velho e sabido como ele. Se ela tinha mais um ano que eu e ele mais um ano que ela, era só fazer as contas. Pensei também na atitude dela, enquanto ele se dirigia a mim. Ela não encorajou a minha humilhação de rejeitado e desajeitado, mas, por outro lado, também não se mostrou humilhada. E ao rever rostos e frases na minha recordação, concluí "pois, afinal ele não me queria dizer que tinha feito uma coisa má à N., provavelmente ela gostou".

Uma parte da minha iniciação sexual (a parte de saber o essencial da teoria) deu-se por via do vernáculo. Foi a linguagem dos meus colegas, obscena e sôfrega, violenta e galhofeira, que me baptizou. E o professor de Ciências da Natureza confirmou-me, no crisma do conhecimento de como as pilinhas e os pipis afinal foram feitos uns para os outros.

Legislação sobre a homossexualidade no mundo

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Este é o wiki em português e este o wiki em Inglês. A informação é a mesma, mas organizada de maneira diferente. No wiki em inglês, além de um mapa do mundo com cores assinalando as diferenças na legislação, existem tabelas por continente, que ajudam a ter uma noção do panorama mundial. No wiki em português, há listas com as penas aplicadas nos países em que a homossexualidade é considerada crime, que nos mostram que há três países em que é aplicada a pena de morte, cinco países em que a pena pode ser de prisão ou pena de morte e várias dezenas em que está prevista pena de prisão.

Lista de "idades de consentimento" por país

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Esta lista, contém a "idade de consentimento", em diferentes países.

Resultados da sondagem - Com quantas pessoas fizeste sexo?

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de 51 a 100
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mais de 100
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Votos apurados: 15 
Sondagem fechada

sex freak

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Não seremos todos?

aqui fala-se de:

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Wordle: sex-utopia.blogspot.com

Outro vídeo sobre o ponto G

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Este é sobre a auto-estimulação

cinematografias

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vincent gallo & sofia coppola
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SERÁ QUE


JÁ EXISTE


UM PLANO


PARA A


MISÉRIA SEXUAL



www.loesje.org

Foi bom para ti?

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Algo que contamina o usofruto do sexo, numa relação, é a obssessão pela performance. Ao contrário dos outros animais, nós avaliamos e somos avaliados pelo que se faz durante o coito. Os outros animais são avaliados pela performance durante os rituais de acasalamento. Depois a cópula em si serve apenas para formalizar, concretizando, a inseminação. Geralmente, são os machos que têm de actuar para as fêmeas, em danças e outras formas de demonstrar aptidão, saúde e bons genes. Nós também temos alguns rituais, também temos corte, também temos machos a exibir os seus dotes e vantagens sobres os demais. Mas, ao contrário dos outros animais, com os humanos a parte mais importante vem depois de se ser escolhido.

Durante muito tempo - quase toda a história da humanidade - os machos humanos não tiveram de se preocupar muito com a performance. No coito, não era suposto as mulheres terem prazer. O sexo servia para permitir a procriação e para a satisfação dos homens. Uma mulher que demonstrasse ter prazer ou sequer gostar de sexo - e o contexto em que falo é o das sociedades ocidentais, nos últimos séculos -, arriscava-se a ser considerada depravada, indecente, o que poderia trazer consequências sociais graves. Isto não mudou completamente, havendo ainda a mentalidade "o que tu queres sei eu", que atribui às mulheres uma suposta tendência (mal) disfarçada para a depravação, sendo que a depravação é tão só gostar de sexo. De qualquer forma, nas últimas décadas, o prazer feminino foi um dos eixos de um empowerment importante, que resgatou para o quotidiano os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres. 

Desde os anos 80 do século XX que as revistas femininas ocupam muitas das suas páginas com temas relacionados com o prazer sexual das mulheres. É possível ler sobre todo o tipo de dicas sobre masturbação, orgasmo, orgasmos múltiplos, fantasias, massagens, técnicas para o sexo oral, localização e estimulação do ponto G e um sem número de assuntos no contexto do usofruto da vida sexual. Toda esta literuatura serviu para encararmos o sexo com naturalidade, emancipando-o da mera função reprodutiva, estabelecendo que homens e mulheres têm a mesma legitimidade para desejar e procurar o prazer. Parece inesgotável a procura de literatura sobre sexo. Na última meia dúzia de anos, foram publicados inúmeros livros com a palavra Kama Sutra no título, e vários se tornaram best sellers. E nos últimos dois, três anos, o número de blogues portugueses em que o tema central é o sexo cresceu exponencialmente. O sexUtopia surgiu nesta altura, precisamente. Nunca se falou e escreveu tanto sobre sexo. Todos já ouvimos falar e lemos sobre orgasmos múltiplos, sobre sexo tântrico, sobre todo o tipo de proezas e habilidades, já vimos ilustrações e descrições sobre as mais variadas posições sexuais.

Este contexto, de hipertrofiado interesse e enfoque no sexo, permite que a informação seja abundante e acessível. Mas isso, ao mesmo tempo que nos ajuda a estarmos mais informados e a termos mais opções, parece criar uma pressão enorme sobre a nossa performance. Queremos igualar os campeões dos orgasmos múltiplos, os artesãos do ponto G, os ginastas do Kama Sutra, os habilidosos do sexo oral, os ousados, os que são "bons na cama". E mesmo que não nos empenhemos muito no sexo, mesmo que não seja uma das nossas prioridades, mesmo se o nosso parceiro também pensa assim, há sempre o medo dos potenciais adversários, que, sabe-se lá, serão muito mais imaginativos e sedutores e mágicos e inesquecíveis do que nós. 

E depois há o lado de quem recebe. O nosso parceiro esforça-se, empenha-se, compra os livros e estuda os desenhos e absorve tudo o que ouve dos programas de televisão e das conversas de amigos e, em seguida, põe em prática. E é precisamente a inovação com que nos presenteia que nos aborrece ou desagrada. Ou é o acto que lhe parece dar mais prazer a ele que nos deixa mais desconfortável. Como dizer-lhe o que realmente pensamos quando nos pergunta se foi bom? Não o queremos magoar, porque sabemos como ficaríamos magoados se ele nos dissesse a nós, "olha, não foi nada bom, não gostei daquela coisa que fizeste". O fantasma de uma má performance, o espectro negativo do medo de sermos "maus na cama", é tão forte como o medo de ser impotente ou de ter um pénis pequeno - mais forte e difícil de combater, diria mesmo, porque é algo que depende de nós, o que não acontece com o tamanho pénis, por exemplo. 

Vamos lá relaxar um pouco, sim? O sexo é algo de intrinsecamente agradável. E estarmos com alguém de que gostamos, nus, é manifestamente bom. Deveríamos permitir-nos ser, pelo menos de vez em quando, maus na cama, chatos, previsíveis, cansados, passivos, indispostos, trapalhões, incompetentes. As coisas vão-se aperfeiçoando. E não importa atingir mínimos olímpicos ou recordes do guiness. Importa aproveitar o tempo a sós com a pessoa amada, descontraidamente, com alegria e gratidão. Há tempo para falhar. Tempo para experimentar e para descobrir. E mesmo as conversas sobre o que se faz na cama, os diálogos que afinam e fortalecem as sincronias e cumplicidades, mesmo essas conversas são uma fonte de prazer. Vamos lá relaxar e usufruir do tempo e dos corpos uns dos outros, deixando a mente e as suas complicações para segundo plano. Da pele ao coração, não é preciso passar pelo cérebro (isto é o que se chama ser cientificamente incorrecto, o politicamente incorrecto já está fora de moda).

Nota: o contexto do que escrevi é o de relações mais ou menos estáveis; o sexo ocasional tem outras perspectivas, porque não se repete nem dá azo a que os dois parceiros se conheçam e sintonizem o entendimento. 

O mundo dos sentidos

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Nestes dias, tem-me mais sentido que nunca a teoria da minha amada amiga Concha, de que as pessoas nos estamos a converter em seres individualistas que se movem sempre por interesse e nunca por sentimento. 


O mundo dos sentidos.

A intuição, por exemplo; ainda hoje se fala da intuição feminina como se for algo que depende da menstruação. Aquilo que nos leva a querer acercarmos ou separarmos de outra pessoa ou situação sem motivo aparente, aquilo que nos condiciona na hora de relacionar-nos; esse sentido tão profundo que não escutamos nunca porque com o passo dos anos, sabemos que se formam estratos na corteza que separam cada vez mais o núcleo da superfície. Hora bem, quando não há nenhum interes em aprofundar, a intuição é algo que incomoda um bocado, mas não magoa.

O desejo; ainda que este sentimento não fique debaluado nunca por as suas conotações carnais do tipo, luxuria, gula ou avaricia. Certo que sofreu uma mutação passando de ser algo natural, e pleno, a ser uma depravação. Desejar desata um sentimento de culpa que provoca falta de comunicação entre as pessoas e fomenta a censura do mesmo. Ao final, acabamos masturbando as nossas mentes ao mesmo tempo que os nossos corpos. 

O amor; que grande o amor!. O mais popular, mas, que sabemos do amor?. Não podemos falar de amor num momento no que os indivíduos se amam tanto a si mesmos ( Concordo em que esse é o amor mais grande mas também o que mais nos cega ), que não som capazes de percebe-lo noutras pessoas. O certo é que hoje, todos estamos tão preocupados por o que se passa arredor de nos, que não queremos ver o que mora dentro para não permitir que a intuição tome o controlo, nos abra as portas do desejo de experimentar, e descubramos que se pode dar e receber amor sem esperar nada mais do que isso. 

Si somos quem de falar dos sentimentos com tanta retórica, porque não deixar-nos guiar por eles? 

Assombra-me a capacidade que tem o meu gato de perceber que necessito de afecto, assombra-me que sinta desejo por dar e receber de mim, assombra-me que me ame mesmo sendo ele gato e eu ente mecânico.


Obrigada pequena, por recordar-me que não quero ser mecânico.

Belém de Andrade ( Ourense, Galiza )

Resultados da sondagem sobre a frequência da masturbação

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+ que 1 vez por dia
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uma vez por dia
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2 ou 3 vezes por semana
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uma vez por semana
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2 ou 3 vezes por mês
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uma vez por mês
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não o faço há + de 2 meses
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não o faço há + de 6 meses
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não o faço há alguns anos
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nunca me masturbei
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Votos apurados: 9 
Sondagem fechada