Cibersexo

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Teledildonics, segundo a Wikipedia, são sex toys (soa-me mal a tradução para brinquedos sexuais) que podem ser controlados por computador. A ideia é permitir interacção sexual entre duas pessoas que não estão na presença uma da outra. Dildos, fatos e sensores ligados ao corpo de cada um, transmitem sensações e movimentos provocados pelo parceiro. No Gizmodo, há um artigo interessante sobre o assunto. No YouTube encontrei um vídeo de uma apresentação sobre os teledildonics numa convenção do Second Life. A Violet Blue tem no seu site um texto sobre estes aparelhos. No Fleshbot, há bastante material sobre os teledildonics.

a minha amiga Gigi Lelo

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Ela veio ter comigo por um feliz acaso. Não que eu não a tivesse desejado e escolhido, mas ao sugerir um presente, estava longe de imaginar que viesse a ser o meu presente.

Ela não poupa na forma como se apresenta e causa realmente boa impressão, mas o mais importante é a eficácia. Uma textura muito suave reveste-lhe o corpo duro. Vários modos de vibração, de intensidade regulável. O primeiro, sempre vibrante e três modos intermitentes, cada um mais rápido que o outro e o modo ondulante, que vai crescendo de intensidade até ao máximo e volta ao início. Não é difícil conseguir a cadência pretendida, mas seria ainda mais fácil se os controlos fossem um pouco mais salientes, para poder comandar apenas com o tacto.

As suas curvas arredondadas fazem dela uma excelente massagista para todo o corpo. Apesar da marca a classificar como produto da linha feminina, não vejo razão para que ela não possa ser amiga de um homem, já que o seu design permite facilmente estimular a próstata. Sobre o ponto G, o estímulo é preciso, ajustável ao milímetro. A superfície plana da ponta faz realmente a diferença.

Poder combiná-la com companhia humana e/ou outros brinquedos. Colocar a cabeça vibrante no clítoris expectante ou à entrada do ânus ávido de prazer enquanto acontece a penetração. É também muito boa na dupla penetração, contagiando ambos os corpos com a sua vibração. Combiná-la com criatividade e imaginação.

Poder demorar-me. Com ela, não há urgência a não ser que eu queira. A cómoda bateria recarregável permite descontrair e saborear a vibração contagiante até ela adormecer cá dentro.

É mais pequena do que eu tinha imaginado, mas não precisa de ser maior, adapta-se perfeitamente à anatomia do corpo, e mantém-se no sítio sem ajuda das mãos, mesmo com os músculos contraídos, permitindo uma vasta liberdade de movimentos ao encontro do prazer.

Muito simpática esta Gigi, entusiasmante. Diria mesmo apaixonante…

Vadias

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O crepúsculo do ilícito


Tu, de tetas escorridas,
Com toda a tua calma,
A tua roupa interior manchada de nódoas, os teus
Braços caídos.
E esses teus dedos saciados pendendo
Da palma das mãos.

Os teus joelhos um para cada lado
São como duas esferas pesadas;
As rodelas sobre os teus olhos parecem
Vagens de lágrimas;
Presas às tuas orelhas,
Duas enormes argolas de ouro, horríveis.

O teu cabelo sem vida, espalmado numa trança
À volta da cabeça.
Os teus lábios, alongados por palavras sábias
Mas nunca ditas.

E na vida que vives, já o esgar
Dos mortos.

Vêem-te sentada ao sol,
Adormecida;
Lembrando a suave graça que costumavas ter
E não conservaste,
Lamentam como em ti estão sepultados
Os altares da luxúria. (…)

Enquanto as outras definham na virtude,
Tu foste vida.

Ver-te-emos a olhar o sol
Por mais alguns anos,
Tendo sobre os olhos rodelas que parecem
Vagens de lágrimas;
E duas enormes argolas de ouro, horríveis,
Presas às orelhas.

Djuna Barnes, in O Livro das Mulheres Repulsivas, ed. &ETC, 2007



Djuna Barnes (1892 - 1982) nasceu em 1892, em Cornwall-on-Hudson, Nova Iorque. Desde cedo, começou a publicar artigos de imprensa, com um cunho muito pessoal e totalmente alheios à chapa do convencional. Haveria de escrever para a Vanity Fair, a Charm e The New Yorker. Foi, aliás, na qualidade de jornalista, que – depois de ter passado por Nova Iorque – rumou a Paris, mesmo a tempo da tempestade modernista. Regressada à América, levaria uma vida de reclusão voluntária, no seu exíguo apartamento de Greenwich Village. Viria a morrer em 1982. Na sua obra avultam não só a poesia, mas também o teatro e a ficção, na qual merece destaque o romance Nightwood (que Eliot prefaciou), de 1936.



Foi, todavia, ainda em Nova Iorque que, em 1915, D.B. publicou o opúsculo que a & etc agora apresenta sob o título O Livro das Mulheres Repulsivas e traduzidos por Fernanda Borges. Trata-se de um breve conjunto de oito poemas acompanhados de cinco desenhos. São retratos de mulheres – a primeira das quais é a mãe da poeta –, marcados por uma dolorosa e sensual carnalidade, que avulta, conturbada, nos versos de Djuna Barnes – «Vemos os teus braços humedecerem/ Ao calor da paixão;/ Vemos a tua blusa húmida/ A palpitar ao ritmo/ Dos corações ardentes que ressumam aos teus pés.» (p.27) Há um sensualismo desassossegado, nestes versos: não pára no louvor, antes se afunda na queda anunciada, várias vezes encenada e exorcizada – «Cai trôpega na rima,/ Resvalando do ponto da virtude/ Para o do crime// Agora tem os lábios murchos como antes foram vivazes/ Na juventude» (p.43).



A escrita de The Book of Repulsive Women cruza os ambientes e cambiantes finisseculares com a sensibilidade moderna que animava o universo criativo da autora e cujo vendaval avassalaria o mundo artístico de então. Nos seus poemas cruzam-se os motivos típicos do decadentismo fin de siècle – «Com as pernas quase estranguladas/ Nas tuas rendas, continuarias/ Nas bocas do mundo até à loucura/ Gravada no teu rosto.» (p.25) – crivado já por um espírito do tempo que desmancha esses rodízios – «Agora ela caminha com seu andar bamboleante/ Ao lado do lixo da rua,/ Enrola-se sob um lençol sujo/ Algures na cidade.» (p.35) Parece-me que essa saída, esse percurso porta fora, que o poema leva a cabo, de certa forma – se calhar demasiado simbolicamente; se calhar, sou eu a ver mal –, marca um passo em direcção à modernidade. Lorca deambulou por Nova Iorque, com os seus poemas (cf. O Poeta em Nova Iorque); Eliot flanou pelas ruas da cidade (cf. Pruffrock), descendente hipercivilizado, sobrecarregado, de Baudelaire, que iniciara o passeio convulso. E assim fazem os que, hoje, não entendem que não podem ser já assim, os que continuam, em vão, a passeata, já derreadas as solas poéticas e os olhares enviesados dos poemazinhos.

(Hugo Santos, respigado do blog Rascunho)

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Djuna Barnes

Sessão de poesia. Por Nuno Meireles e Júlio Gomes

Domingo, dia 14 de Dezembro, 18h

Gato Vadio, rua do rosário 281 Porto

(mail de divulgação d0 Gato Vadio)

Resultados da sondagem sobre a frequência do sexo

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+ do que 1 vez por dia
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todos os dias
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2 a 3 vezes por semana
  9 (64%)
 
1 vez por semana
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2 a 3 vezes por mês
  1 (7%)
 
1 vez por mês
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ocasionalmente
  3 (21%)
 
não faço há + de 6 meses
  0 (0%)
não faço há + de 1 ano
  0 (0%)
não faço há + de 2 anos
  0 (0%)
não faço há + de 5 anos
  0 (0%)
nunca fiz
  1 (7%)
 


Votos apurados: 14 
Sondagem fechada 

dança ma mi

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dança solo, dança em dupla, dança em grupo, dança folclórica, dança histórica, dança cerimonial, dança étnica, dança erótica, dança cénica, dança social, dança religiosa, dança ritual.



. ..!

Bob, da Lelo

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No último fim-de-semana, entrei numa sex-shop em Lisboa com uma amiga. Além de shows de strip a que se podia assistir em cabines, havia a habitual parafernália de dildos, vibradores e outros acessórios. A maior parte dos sex toys disponíveis eram dildos cor de pele, imitando pénis. A minha amiga achou que não havia nada de interessante à vista. De facto, aqueles dildos tinham um aspecto muito pouco convidativo, que as embalagens apenas realçavam. O aspecto de plástico reles não inspirava confiança nem tinha o mínimo apelo erótico.

Ontem recebi, da Lelo, o plug masculino Bob, de cor bordeaux. Assim que abri a caixa, tornou-se evidente que estava perante algo de muito diferente dos acessórios que encontrei naquela sex-shop. A embalagem tem a cor do plug, bordeaux escuro, e manifesta um enorme bom gosto. Se a embalagem exterior é elegante e discreta, a caixa em que o Bob é fornecido é de irrepreensível elegância. Uma caixa preta, a fazer lembrar as caixas das jóias de luxo. O cuidado com a embalagem, o design simples e apelativo, sugeriam desde logo que este acessório é uma excelente escolha como prenda para uma pessoa especial. Mas ao abrir a embalagem e, mais tarde, experimentar, percebi que não são só as linhas cuidadas que fazem do Bob um brinquedo interessante. 

O material de que é feito o plug é surpreendentemente macio. Além disso não tem o toque frio do plástico. O Bob é feito de silicone sem phtalates, o que o torna seguro e adequado aos jogos eróticos. Alguma flexibilidade faz com que se torne bastante confortável e fácil de usar. Devo salientar como é macio e acetinado o toque: assim que segurei e toquei neste plug, quis experimentá-lo. Dentro da embalagem vem um pequeno manual de instruções, com dicas e sugestões sobre o uso do plug, bem como a garantia de um ano. Há ainda uma pequena bolsa de cetim para transporte. Tendo as informações necessárias e a curiosidade aguçada, decidi experimentá-lo.

Este tipo de acessórios devem ser lavados antes e depois de ser usados. Nada de limpar com toalhetes ou qualquer papel ou material que tenha acetona, álcool ou outro material que possa danificar a superfíce do plug. Apenas água e sabonete (de preferência anti-bacteriano) é suficiente, e depois a limpeza com uma toalha seca e limpa. Lubrificantes à base de silicone também são desaconselhados. O KY ou outro lubrificante à base de água são o ideal. O que tenho de momento foi comprado numa farmácia -  e aconselho vivamente a compra numa farmácia, já que os farmacêuticos nos podem aconselhar da melhor forma, além de que os produtos que estão à venda numa farmácia têm uma garantia de qualidade que algumas sex-shops não podem oferecer.


Como qualquer plug, o Bob é mais largo na extremidade e depois mais estreito, fazendo com que fique preso no lugar. O formato deste plug da Lelo é muito apropriado para quem, como eu, não tem grande experiência de uso destes acessórios em si próprio. Não sendo muito largo, apenas 32mm, é fácil de introduzir. A sua curva foi pensada para que a estimulação da próstata seja fácil e confortável. Para obter informações sobre a estimulação da próstata, o "ponto G" masculino, aconselho a leitura deste artigo da AskMen. Antes de se passar à introdução, o ideal é espalhar um pouco de lubrificante na zona do ânus. Esta tarefa pode ser bastante agradável com um(a) parceiro(a). Para relaxar os músculos do esfíncter, aconselho que se brinque com um dedo junto à entrada, e se enfie devagar o dedo, percebendo como se contraem os músculos. Na verdade, relaxar os músculos para permitir a introdução, é bastante fácil. Pode treinar-se com um dedo. Quanto o dedo tiver entrado, basta fazer força, ligeiramente, para fora. Ao fazê-lo, os músculos abrem-se um pouco. Depois de brincar com o dedo, não é necessário ter pressa. Se é a primeira vez, é natural alguma contracção e falta de à-vontade. De qualquer forma, o Bob é estreito o suficiente para que introduzi-lo seja bastante agradável e nada complicado. Antes de se introduzir completamente, podemos espalhar mais lubrificante, espalhar algum sobre o plug e enfiar muito devagar o plug no ânus. Depois de entrar a extremidade e havendo suficiente lubrificação, muito facilmente se passa a parte mais larga, entrando o plug e encaixando suavemente.

A curva foi pensada para estilumar a próstata, por isso é aconselhável que se introduza o plug com a curva para cima, apontando para o estômago. A argola, na extremidade oposta à que é introduzida, permite a manipulação de forma prática e confortável. Ainda não experimentei, de forma muito consistente, a estimualação do ponto G masculino. Mas pude notar como é agradável a masturbação tendo o plug no sítio. As habituais contrações da zona pélvica transmitem sensações muito agradáveis. Enquanto me masturbava, sentia a pressão dos músculos do esfíncter à volta do plug. É possível rodar o Bob, enquanto se estimula directamente o pénis, o que multiplica as sensações de prazer. O formato do Bob é bastante interessante, já que não é totalmente redondo, o que faz com que se sinta de forma bastante evidente e deliciosa o seu volume dentro de nós.

Embora tenha sido produzido a pensar nos homens, nada impede que seja usado pelas mulheres. A sua curvatura sugere que a estimulação do ponto G, numa mulher, será possível e interessante. Além disso, como plug anal, é muito interessante a sua inclusão nos jogos eróticos, podendo ser introduzido no ânus da mulher enquanto esta é penetrada vaginalmente, ou o contrário. Há um cuidado essencial a ter sempre: depois de introduzir o plug no ânus, não deve ser introduzido na vagina antes de ser lavado com água e sabonete anti-bacteriano. Como é um plug, e perfeito para quem se inicia no sexo anal, por ser estreito e confortável, é uma boa maneira de fazer algum "anal training", visto que ajuda a relaxar os músculos que naturalmente se contraem quando não se tem experiência em sexo anal. É uma forma divertida de treinar a sensação de se ser penetrado analmente e de perceber quais os movimentos correctos para ajudar à penetração.

O plug Bob, da Lelo, existe em azul e bordeaux e custa 34 euros, podendo ser adquirido online.

pequenas mortes e renascimentos

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Beautiful Agony is dedicated to the beauty of human orgasm. This may be the most erotic thing you have ever seen, yet the only nudity it contains is from the neck up. That's where people are truly naked.

a minha primeira vez

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ligaste-me o corpo ao coração - leia-se coração como capital das emoções. e esse curto-circuito essencial tornou-me instável e reactivo o suficiente para esperar da vida o prazer, não só a dor. ofereceste à minha tardia gula a sabedoria dos teus anos de vida. quando me despiste, o meu corpo na delicadeza astuta e precisa das tuas mãos, deixei de desejar coisa que viesse a seguir. toda a minha pele em aliança com o momento presente. a tua boca percorreu e acendeu e lavrou. não cantaste, dessa vez, nem se ouvia música. todos os sons preciosos, assinalando o fogo que crepitava no silêncio. não foi preciso orgasmo que me mostrasse mais do era a nossa generosa nudez, a proximidade das nossas vontades. iniciaste-me, dizendo com o teu corpo: daqui para a frente podes contar com mais um alicerce da felicidade.

sex is music is sex

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Lovage - Sex (I'm A)

chuva

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tiro-te o vestido e beijo-te o rosto molhado. enquanto a água corre, aquecendo, abraço-te com o meu calor sereno. cinco gotas e vemos a espuma a formar-se. tiro a minha roupa e o que resta de agitação. entramos na água sem falar, o estrépito clamoroso da tempestade martelando o vidro da clarabóia. as duas velas emprestam aos azulejos uma cor de lareira, de recolhimento, de fogo lento. sorris quando dizes, estás tão longe. sentas-te à minha frente, as tuas costas no meu peito, o meu pénis um pouco acima das tuas ancas. abraço-te, beijo-te o pescoço, deixo as mãos abandonadas à geografia do teu corpo. levantas um pouco as ancas para te sentares de novo, encaixada no meu corpo. a água da banheira agita-se, à medida que vamos escalando o prazer, habilmente. a chuva pára por momentos, deixando-nos expostos perante o silêncio, as respirações volumosas, em aceleração. do exterior rebenta um som intenso, quando susténs a respiração de olhos cerrados e mãos apertando as minhas, de dentes cravados no lábio, antes de um pequeno grito no hálito da nossa carne. são pedras de gelo batendo nos vidros, nas telhas, granizo projectado contra a terra, a partir de uma qualquer bizarra indignação dos céus, um resfriado das nuvens, uma brincadeira de crianças ou anjos.