tag:blogger.com,1999:blog-9021010734497793072.post1280848068983142592..comments2023-12-15T11:41:30.779+00:00Comments on sexUtopia: Hiper-erotização e valor simbólico do sexoUnknownnoreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-9021010734497793072.post-35171420113909003432011-07-08T10:39:19.220+01:002011-07-08T10:39:19.220+01:00i stumbled across this and glad i did. Really inte...i stumbled across this and glad i did. Really interesting to read and completely across with most points featured. thanks againsex toyshttp://www.christiarasextoys.co.uknoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9021010734497793072.post-82468078824766109022010-07-12T17:43:00.624+01:002010-07-12T17:43:00.624+01:00Não sei realmente se fazemos mais ou melhor sexo. ...Não sei realmente se fazemos mais ou melhor sexo. tenho estado atenta aos vários estudos que têm vindo a ser feitos, mas ainda aguardo resultados. Não seria fácil estudar estas matérias há uns anos atrás, e agora, com toda a informação a assediar-nos a cada instante, também não facilita o trabalho.<br />Há muita coisa que não sei nesta matéria, concordo no entanto com o que dizem e envio um artigo para lançar mais achas na fogueira: http://www.iusw.org/node/69carpe vitam!https://www.blogger.com/profile/00833850623886526827noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9021010734497793072.post-89479470348788765652010-07-02T19:47:07.572+01:002010-07-02T19:47:07.572+01:00(parte2)
Penso que, em privado, as pessoas no oci...(parte2)<br /><br />Penso que, em privado, as pessoas no ocidente sempre souberam obter prazer e satisfação. As primeiras descrições sobre o clitoris, por médicos ocidentais, já têm algumas centenas (escassas) de anos. Cópias de traduções do Jardim das Delícias e do Kama Sutra circulavam em algumas cortes e meios aristocráticos. E, à ocidental, a ignorância que tínhamos sobre o corpo e o sexo era contornada com o protocolo, o jogo, a culpa, as cerimónias da sedução. As mulheres, mesmo desprovidas do poder que os homens não partilhavam, mesmo vistas como um elemento passivo, devem ter tido (as que não se ficavam só pela parte traumática e de submissão passiva e resignada ao domínio do homem) devem ter encontrado formas de se satisfazer. Por mais que houvessem mitos e sentenças sobre a masturbação, é tão fácil descobri-la sozinho ou porque a o enunciado da proibição a revelou, que a devemos praticar desde há milénios. As preversões, os desvios da norma, mesmo a obscenidade e a figura da puta (palavra que diz muito sobre a nossa cultura sexual ocidental) pairando eternamente sobre qualquer mulher que pudesse sucumbir à luxúria, foram manifestações, na minha maneira de ver, da forma como se tentou, ainda assim, tirar algum gozo de uma actividade que a sociedade e o poder queriam reservada para a procriação e sobre a qual colocavam sempre a sombra do pecado.<br /><br />Pecado, aliás, é outra palavra bem esclarecedora. A nossa arte (e a publicidade e mesmo os jogos eróticos de cada um com o parceiro) estão cheios desse jogo, "isto é pecado, logo é apetecível; isto é apetecível, logo deve ser pecado".<br /><br />Obrigado pelo teu comentário. És bem mais certeiro e sintético do que eu consigo ser. Estou a tentar não alongar demasiado a minha resposta. É que há tanto, no que disseste. Sobre o corpo, para terminar. Penso que vivemos num paradoxo. Parecemos centrados no corpo, mas no fundo, acho que somos centrados sobre uma série de ideias sobre o corpo, uma série de símbolos e representações que usam o corpo como eixo. No fundo, acho que somos demasiado cerebrais, para recorrer de novo à palavra, mais do discurso, do trauma, da análise, do que do físico. E curiosamente, (de novo, é a minha visão das coisas), alguns povos orientais, que parecem ser mais propensos para a alegoria, a metáfora, o esotérico, são mais terra, mais ligados ao físico. Dizem sobre o corpo, funciona assim, para se ter este resultado, deve-se treinar isto, para que funcione bem deve-se fazer isto e isto. E nós somos mais máquinas de discurso sobre o corpo, máquinas de fazer dinheiro sobre o corpo, que não chegam a conhecê-lo muito bem, enquanto coisa inegavelmente física.<br /><br />Acho que graças ao teu comentário, já tenho matérias para um ou dois novos textos.<br /><br />abraço.anarrestihttps://www.blogger.com/profile/06779807365047142210noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9021010734497793072.post-1311872640158898392010-07-02T19:46:10.326+01:002010-07-02T19:46:10.326+01:00Eu não sou sociólogo nem de outra área das ciência...Eu não sou sociólogo nem de outra área das ciências humanas, por isso acabo por de me basear na minha própria experiência e em algumas coisas que vou lendo. quando escrevo uma crónica, tento ser credível e fundamentado, mas tudo o que possa escrever tem essa limitação - não domino o assunto, sou apenas uma parte da equação, um actor, não o cientista que pode deduzir a equação.<br /><br />Faz todo o sentido o que dizes sobre os avanços quanto à afirmação da mulher. E penso que quanto à homossexualidade, mesmo se continuamos impregnados de preconceitos e fobias, houve uma mudança, que em Portugal parece só muito recentemente estar a começar - a homossexualidade já não é (pelo menos em termos de debate) algo completamente escondido que se finge não existir. Só o facto de estar presente na comunicação social, nas conversas de café, "na rua", faz com que pelo menos as pessoas tenham dificuldade em ignorá-la e fingir que é coisa de meia dúzia de pessoas doentes que vivem na obscuridade. A legitimação legal do casamento, acredito, também será um passo para a legitimação social.<br /><br />De qualquer forma, a sociedade ocidental parece-me muito pouco esclarecida em termos de relação com o corpo e a sexualidade. Somos tão cerebrais que nos esquecemos que o sexo acontece no corpo, mesmo sendo a nossa imaginação e a nossa psyché tão determinante. O lado exploratório, o treino (para usar uma palavra feia), a aprendizagem, é algo que muito timidamente levamos para a nossa vida sexual. Quando algo corre mal ou nos convencemos de que correu mal, achamos que precisamos de terapia, ficamos assustados por pensar que não fomos capazes das performances que tomámos como norma. Eu estou muito mais inclinado (com a minha inevitável visão de ocidental que cresceu na cultura judaico-cristã) para atitude de algumas culturas orientais, que encaram o sexo como uma disciplina, como uma arte e uma actividade física que demora a aprender e que nos pode levar longe. <br /><br />(cont)anarrestihttps://www.blogger.com/profile/06779807365047142210noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9021010734497793072.post-91551480953629540032010-07-02T17:11:59.885+01:002010-07-02T17:11:59.885+01:00Concordo contigo basicamente em tudo o que escreve...Concordo contigo basicamente em tudo o que escreves, há uma associação perversa entre a sociedade e o consumo ou a sociedade de consumo que nos empurra para a alienação do indivíduo e as suas especificidades; faltará esse estudo sobre se há mais sexo e melhor sexo, deduzo que sim (sou sociologo)pois houve a libertação da mulher que lhe dá o direito a escolher/decidir e isso tem peso, sobre o sexo homossexual parece-me não ter havido alterações mas o assunto ainda é pouco estudado..., quero com isto dizer que há uma relação directa de poder com o prazer/entre poder e prazer. A ideia de sexo está enraizada (ainda) na imagem, no corpo e o sistema capitalista explora isso ao máximo, para terminar: o tempo mais uma vez nos dirá, entretanto vamos à luta e tenhamos esperança na mudança.<br /><br />Hugo EneAnonymousnoreply@blogger.com